Publicado em 09/04/13 às 09h06
Quando você pensa na atriz Keira Knightley, qual é a primeira imagem que lhe vem à cabeça? Não é preciso ser telepata para saber que o público irá imaginá-la com figurinos de época em meio de cenários históricos, pois foram as produções desse gênero que mais marcaram a sua carreira. Reforçando ainda mais esta ideia, Anna Karenina (2012), que mistura teatro e cinema para recontar a história do clássico de Tolstói nas telonas, a traz novamente como protagonista de um filme de época.
Raramente vista interpretando personagens contemporâneos, o primeiro papel dela em Hollywood foi uma viagem ao passado de uma galáxia muito distante... Mais exatamente em 32 ABY, na Era Clássica da República no Calendário Padrão Intergalático de Star Wars. Talvez só um espectador muito atento perceba que ela era Sabé, a sósia da Rainha Padmé Amidala, interpretada por Natalie Portman
Voltando ao calendário gregoriano, sua incursão mais distante foi no século V, encarnando Guinevere
No entanto, Keira se estabeleceu no mundo do cinema e ganhou o público “vivendo” no século XVII, com a franquia Piratas do Caribe. Como a corajosa dama Elizabeth Swann, ela se transformou em uma it-girl após Piratas do Caribe – A Maldição do Pérola Negra (de 2003, foto ao lado), e se tornou uma corsária nas telas e uma estrela em Hollywood com as duas sequências da primeira trilogia: Piratas do Caribe: O Baú da Morte (2006) e Piratas do Caribe: No Fim do Mundo (2007).
Passando para o período histórico seguinte, um dos seus primeiros papéis foi na atmosfera oitocentista do filme para TV The Treasure Seekers (1996). Além disso, Keira dá voz à fada Sininho na minissérie Neverland (2011) e vida à Georgina Cavendish
Outros quatro trabalhos dela mostram diferentes cenários do século subsequente: a França e o Japão oitocentistas de Paixão Proíbida (2007), a Rússia czarista de Anna Karenina (foto ao lado), as mazelas da Revolução Industrial sobre as cidades inglesas na minissérie Oliver Twist (1999) versus a sociedade rural da Inglaterra em Orgulho e Preconceito (2005). Aliás, o último filme foi importantíssimo para a sua carreira. Vivendo novamente uma Elizabeth, mas agora a Elizabeth Bennet do clássico inglês de Jane Austen, Keira Knightley teve seu desempenho reconhecido com indicações para o Globo de Ouro e o Oscar, como melhor atriz. Nas gravações, ela conheceu o ator Rupert Friend, com quem teve um relacionamento até 2010. Antes, ela namorou por dois anos o colega de profissão Jamie Dornan – mais conhecido pela badalada série Once Upon a Time (2011-) – e, atualmente, é noiva de James Righton, co-vocalista e tecladista da banda de new rave Klaxons.
No entanto, o século XX é o mais presente no contexto das produções em que participou. Os primeiros anos do período são retratados
É claro que não poderiam faltar as histórias sobre a Segunda Guerra Mundial, tema constante no cinema. Suas personagens vão da mera espectadora do conflito
Caminhando para a segunda metade do século XX, temos o passado ficcional de Não Me Abandone Jamais (de 2010, na foto ao lado), que discute o sentido da humanidade e da vida em uma 1967 distópica. Em Domino – A Caçadora de Recompensas (2005), ela volta em flashbacks aos anos 1990 para relembrar os dramas familiares, vícios e aventuras reais da “menina rica” que resolveu virar caçadora de recompensas. Com o eixo central da trama ambientado no início da mesma década, mais exatamente na época da Guerra do Golfo, Camisa de Força (2005) faz o caminho inverso, utilizando os flashforwards como principal chamariz da trama. São justamente nessas projeções que a vemos no papel de Jackie no futuro/presente.
Contudo, ela atuou, sim, em filmes com histórias contemporâneas, embora seja um número pequeno em relação a toda a sua filmografia. Mas, nem por isso, foram menos importantes em sua carreira. Um exemplo é o seu primeiro papel de destaque no cinema,
Em O Último Guarda-Costas (de 2010, na foto ao lado), interpreta uma atriz, profissão que quis seguir desde criança. Em uma família da área artística – seu pai, Will Knightley, também é ator –, já aos 3 anos de idade desejava ter um agente assim como os seus pais, pedido que só foi realizado quando ela completou 6 anos e pôde fazer pequenas participações em séries da televisão britânica. Cerca de 20 anos depois, aquela menina protagonizaria filmes como o romance dramático Apenas uma Noite (2010) e a dramédia apocalíptica Procura-se um Amigo para o Fim do Mundo (2012). E seja nas produções de época – há rumores de uma possível volta para a quinta sequência da franquia Piratas do Caribe – ou nas histórias contemporâneas – seus próximos trabalhos oficiais, que devem ser lançados em 2013, são o musical Can a Song Save Your Life? e o blockbuster Jack Ryan –, Keira pretende continuar seguindo com seu sonho durante muito tempo
Nayara Reynaud
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