Publicado em 07/12/20 às 11h23
Embora com uma carreira precocemente interrompida aos 48 anos de idade, Leon Hirszman é um dos principais nomes do cinema nacional. Sua filmografia conta ficções como Eles não usam black-tie e São Bernardo, além de documentários como Imagens do inconsciente e ABC da Greve. Por um cinema popular – Leon Hirszman, política e resistência, de Reinaldo Caneduto, professor da Universidade Federal Fluminense, investiga a obra do cineasta, sua relação com o contexto social no qual foi produzida. O livro é publicado pela Ateliê Editorial e tem preço sugerido de R$ 88.
O professor da USP Ismail Xavier define, na orelha do livro, a obra como “uma análise inovadora que, apoiada em ampla pesquisa documental, lança uma nova luz sobre a obra de Leon Hirszman”. Caneduto busca, ao longo das mais de 500 páginas do livro, esmiuçar, entre outras coisas, como o contexto histórico molda a obra do diretor, que se posicionou claramente contra o regime militar. Com passagem pelo Cinema Novo, militante comunista e envolvido com o Teatro de Arena e o sindicalismo, o cineasta levou todas essas influências à sua obra, que traz adaptações marcantes como A falecida, seu primeiro longa, que roteirizou com Eduardo Coutinho, a partir da peça de Nelson Rodrigues.
Outras notícias