Anos atrás, um príncipe vaidoso e grosseiro expulsou de seu castelo uma velha que pedia abrigo do frio. Tratava-se de uma feiticeira, que o transformou numa Fera de aparência temível. A maldição só será revertida se ele se apaixonar por uma mulher e ela corresponder.
31/01/2012
Voltando novamente ao cartaz, agora na versão 3D, A Bela e a Fera tem a missão de reapresentar a história para novas gerações. Não uma história qualquer, é bom que se diga. O desenho animado original, produzido em 1991, afinal, foi a primeira animação a ser indicada ao Oscar de melhor filme – façanha repetida, longos 18 anos depois, por Up – Altas Aventuras. Mas nenhum dos dois levou essa estatueta.
Indicado originalmente a seis Oscar, vencendo dois deles – melhor trilha sonora e canção (A Bela e a Fera) – A Bela e a Fera tornou mais famosa do que nunca uma história que teve origem na mitologia grega, foi se transformando ao longo do tempo e chegou ao cinema na inesquecível versão de Jean Cocteau, com os atores Jean Marais e Josette Day, em 1946.
Como a animação foi produzida digitalmente, sendo a segunda produção da Disney a merecer essa distinção, o 3D valoriza algumas das sequências mais espetaculares, como a famosa cena do baile em que Bela e a Fera, o príncipe deformado por um feitiço, dançam em seu castelo, simulando-se movimentos de câmera. Também ganha maior graça a trupe de objetos animados do castelo da Fera, tendo à frente o candelabro de sotaque francês, o relógio de pêndulo de bigode e a dupla formada pelo bule de chá e seu filhinho-xícara, todos falantes.
Igualmente climática, a sequência final, em que o caçador Gastão, esnobado por Bela, incita os aldeões a invadirem o castelo e matar a Fera, fica um pouco mais emocionante em 3D.
Mas o que a história tem de mais interessante mesmo é o roteiro de Linda Woolverton – que não foi indicado ao Oscar – e as sequências musicais, que não apenas enfeitam, mas contam realmente os fatos, através das canções de Alan Mencken e Howard Ashman.
Pena que, neste relançamento, só tenha sido disponibilizada a versão dublada, impedindo novos públicos de conhecerem as vozes originais, que incluíram atores como Paige O’Hara, Robby Benson, Jerry Orbach e Angela Lansbury.
Neusa Barbosa